Pessoas esquizofrênicas não sofrem apenas com os sintomas da doença que enfrentam, mas também com o estigma que recebem da sociedade.
No Brasil, são mais de 1 milhão de pessoas que convivem com o transtorno.
Uma das imagens atribuídas aos portadores dessa doença crônica é de que são violentos e agressivos.
No entanto, é preciso repensar essa ideia.
Continue a leitura e entenda como lidar com pessoas esquizofrênicas sem reforçar esse estigma.
Pessoas esquizofrênicas são realmente violentas?
Não é certo afirmar que pessoas esquizofrênicas são violentas.
Segundo a própria Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Esquizofrenia (ABRE), essa é uma característica associada à personalidade dos indivíduos e não a sinais do transtorno.
Essa imagem falsa é construída com base em uma visão errada do que são esses sintomas.
Durante surtos psicóticos, o paciente passa por delírios e alucinações. Um efeito comum é pensar que está sendo perseguido, ou que alguém quer fazer mal a ele.
Por isso, durante a crise, é possível que o indivíduo tente se defender fisicamente da interferência de terceiros.
No entanto, diferentemente do que muitos pensam, esse não é o caso de todos os que passam por surtos psicóticos.
O quadro mais comum, na realidade, é aquele em que a pessoa representa um perigo para si mesma, podendo se machucar ou até cometer suicídio.
No entanto, esse sintoma representa uma fase aguda da doença. Ou seja, um paciente que realize o tratamento adequado pode não apresentar esse quadro.
Como lidar com pessoas esquizofrênicas?
O primeiro passo para entender como lidar com pessoas esquizofrênicas é compreender que suas experiências não são sempre as mesmas.
Cada paciente vive o transtorno de forma diferente, por isso família e amigos devem estar dispostos a encontrar a melhor forma de conviver com essa realidade.
Procurar o tratamento é essencial e também consegue ajudar nesse aspecto.
Informando-se a respeito de como a esquizofrenia pode ser tratada, é possível repensar dinâmicas familiares e sociais que atendam às necessidades de quem enfrenta essas questões.
Durante a fase aguda da doença, em que podem ocorrer surtos com delírios e alucinações, é preciso manter a calma.
Embora o primeiro impulso seja o de conter o paciente e tentar fazê-lo perceber a realidade, isso deve ser feito com cuidado.
O acolhimento é fundamental nesse momento, mostrando ao indivíduo que as pessoas à sua volta compreendem que, para ele, aquela situação é real.
Quando a internação é necessária?
Surtos e momentos de crise nem sempre passam rapidamente, podendo se estender por dias e até semanas.
Nesses casos, é preciso manter a vigilância e a internação é a maneira mais eficaz de garantir a segurança.
Mesmo que a crise esteja no início, o paciente pode vir a se tornar um risco para si mesmo, o que também é indício da necessidade de internação.
Procurar uma clínica para realizar esse processo também se faz necessário quando os sintomas não desaparecem do cotidiano do indivíduo, mesmo com o uso de medicamentos.
Em uma clínica especializada, as pessoas esquizofrênicas recebem o tratamento adequado para o seu quadro e ficam sob o cuidado de profissionais capacitados para esse trabalho.
Agora que você sabe mais sobre como lidar com pacientes que têm essa condição, continue se informando e leia nosso post sobre como e onde internar pessoas com esquizofrenia.